miércoles, 19 de noviembre de 2008

"...da força da grana que ergue e destrói coisas belas..."


Esta foi uma das poucas coisas que me chamaram a atenção em Valencia: Ciudad de las Artes y de las Ciencias. É certo que ainda vi pouca coisa em 40 dias e talvez mais coisas me surpreenderão. A beleza da arquitetura impressiona: você olha para o visor da câmera fotográfica e não fica satisfeito, porque o que você vê com os próprios olhos parece não caber no visor; há alguma fração da beleza que não pode ser captada pela câmera, dando uma sensação de não-contentamento...é o sentimento que ela nos introduz que provoca esse desequilíbrio... Mesmo assim é preciso registrar o momento.
Um professor de um amigo meu que faz Artes disse que esta construção apresenta problemas estruturais: é muito bonita, mas mal arquitetada. Mas o que será mais importante para ese tipo específico de construção: que seja mais bonita ou mais prática? Sim, poderia ser as duas coisas, mas eu não ousaria mudar nada sequer... Foi muito agradável para mim vê-la, ainda mais porque caminhava sem o propósito de visitá-la e de repente... É um tipo de beleza que te deixa em silêncio; você só deseja comtemplar. Mas o silêncio nos faz meditar e se você pensa bem, perceberá que se empregou muito dinheiro ali... porque o turismo é algo rentável. Eu queria que fosse útil somente por ser bonita, mas também é rentável. Daí me lembro do mundo dos homens. Lembro-me de que nosso planeta é um sistema fechado (desconsideraremos meteoritos, poeira cósmica...). Então como disse esse mesmo amigo, ao longo da história, se alguns se enriqueceram é porque outros empobreceram; a riqueza é retirada de algum lugar: homens pobres, campos pobres, rios pobres... florestas inteiras e povos inteiros pobres. Então passo a achar uma simples árvore mais bela que a construção... e passo a gostar um pouco mais da beleza da construção porque me faz lembrar das árvores...

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